Festival das Vacas em Katmandu, Nepal. Foto: Navesh Chitrakar/Reuters |
“Se você vier me perguntar por onde andei
no tempo em que você sonhava de olhos abertos,
lhe direi, amigo: eu me desesperava”
~ Belchior, in A Palo Seco.
Janeiro TUDA ~ TUDA Janeiro!
Para o melhor e o pior, e para o melhor de novo, na riqueza e na pobreza e na riqueza de novo, na saúde e na doença e na saúde de novo, assim vai esta TUDA, resistida, sobrevívida, persistente, ressurgente, assumida, mas canssadésima, se contasse, desbravaria 2014 assim, só por hoje, e desejaria um Feliz Mês Novo, que em sendo só por hoje um mês já é uma eternidade de possibilidades, o que dizer de um ano todo.
Nessa tendência louca da antecipação, o cruel e impiedoso Senhor do Tempo nos ilude com aquela sensação de tempo perdido, ou da simples falta do tempo, e nos faz viver no instante seguinte, e assim perder o momento presente... por um momento, apenas.
De mãos dadas com Chronos vai Ananke, mãe das Moiras e personificação da inevitabilidade, ditando os rumos das nossas ansiedades, jogando-nos para cá e para lá, que é nessa linha de pensamento que o povo não vê a hora do carnaval chegar - já está logo aí! - e depois tem a Páscoa, e logo a Copa do mundo, as eleições... melhor nem começar a trabalhar!
É na contra-mão dessa pressa desmesurada, muito mais para Aion do que para Chronos, que vem esta TUDA, lenta, no seu tempo, contra o tempo, devagar mas sempre, até agora, e só por hoje, só por todos os hojes que TUDA ainda possa suportar.
É isso aí companheiros & companheiras, na velha e suja LabUTA do dia a dia, mês a mês, ano após ano, que não bastasse ser dura, por vezes é pobre, de dignidade, de espírito, de nobreza, que nobre mesmo é aquilo que te toca, te emociona, que dá oportunidade de revelar a dignidade de caráter, de denotar magnanimidade no gesto, virtude no ato, tudo além da intenção apenas!
Já se foi dito que se os cavalos ou os bois pudessem esculpir, fariam estátuas de deuses à sua semelhança e os adorariam... tal qual fazem os humanos!
Asyno Eduardo Miranda
o (auto-proclamado) editor deste porto semisseguro da jlha do Eire
oje, dezº septº dia do primº mez
d este Anno Domini de MMXIV
Para o melhor e o pior, e para o melhor de novo, na riqueza e na pobreza e na riqueza de novo, na saúde e na doença e na saúde de novo, assim vai esta TUDA, resistida, sobrevívida, persistente, ressurgente, assumida, mas canssadésima, se contasse, desbravaria 2014 assim, só por hoje, e desejaria um Feliz Mês Novo, que em sendo só por hoje um mês já é uma eternidade de possibilidades, o que dizer de um ano todo.
Nessa tendência louca da antecipação, o cruel e impiedoso Senhor do Tempo nos ilude com aquela sensação de tempo perdido, ou da simples falta do tempo, e nos faz viver no instante seguinte, e assim perder o momento presente... por um momento, apenas.
John Melhuish Strudwick ~ A Golden Thread, 1885 |
É na contra-mão dessa pressa desmesurada, muito mais para Aion do que para Chronos, que vem esta TUDA, lenta, no seu tempo, contra o tempo, devagar mas sempre, até agora, e só por hoje, só por todos os hojes que TUDA ainda possa suportar.
É isso aí companheiros & companheiras, na velha e suja LabUTA do dia a dia, mês a mês, ano após ano, que não bastasse ser dura, por vezes é pobre, de dignidade, de espírito, de nobreza, que nobre mesmo é aquilo que te toca, te emociona, que dá oportunidade de revelar a dignidade de caráter, de denotar magnanimidade no gesto, virtude no ato, tudo além da intenção apenas!
Já se foi dito que se os cavalos ou os bois pudessem esculpir, fariam estátuas de deuses à sua semelhança e os adorariam... tal qual fazem os humanos!
QG de TUDA Ilustração: Viva Las VegaStamps Fotomontagem: Eduardo Miranda |
Asyno Eduardo Miranda
o (auto-proclamado) editor deste porto semisseguro da jlha do Eire
oje, dezº septº dia do primº mez
d este Anno Domini de MMXIV